A escritora britânica Doris Lessing foi galardoada com o Prémio Nobel da Literatura 2007, um prémio que recompensa uma obra vasta, variada e marcada pelos cenários da África e a causa feminista.
O júri descreveu Doris Lessing num comunicado como "a narradora épica da experiência feminina, que, com cepticismo, ardor e uma força visionária sujeitou uma civilização dividida ao escrutínio".
Doris Lessing completará 88 anos no próximo dia 22 de Outubro. Desde o início dos Nobel em 1901, ela é a 11ª mulher a receber o Nobel de Literatura.
A escolha foi uma surpresa já que o nome de Lessing, com frequência citado como favorito no passado, já não aparecia actualmente nos círculos suecos.
A romancista não pode ser localizada após a divulgação da notícia. De acordo com seu agente literário, estava a fazer compras em Londres e não foi possível avisá-la antes que ela ficasse a saber do prémio pelos meios de comunicação social.
Nascida no território da Pérsia (actual Irão), em 1919, quando seu pai era capitão do Exército britânico, Doris May Taylor viveu parte da juventude na então Rodésia (actual Zimbábue), o que marcou sua obra.
Ex-membro do Partido Comunista britânico, do qual se afastou em 1956 após a repressão da rebelião húngara, é comparada frequentemente com a francesa Simone de Beauvoir devido às suas ideias feministas.
"O caderno dourado", de 1962, a sua obra-prima, conta a história de uma escritora de sucesso em forma de diário íntimo.
Para a Academia Nobel, este livro "é uma obra pioneira do movimento feminista e pertence ao grupo de obras que mudaram a forma de ver as relações homem-mulher no século XX".
A sua juventude, passada entre vários continentes, inspirou a produção da sua primeira saga, escrita de 1952 a 1969: os cinco volumes de "Filhos da Violência".
A escritora sempre soube explorar todos os estilos, sem hesitar em uma incursão no mundo da ficção científica com os cinco volumes da série "Canopus em Argos: Arquivos", escrita entre 1979 e 1983, e entre os quais se destaca "Shikasta". Nesta saga, Lessing imagina o mundo depois de um conflito atómico e fala dos antagonismos entre os princípios feminino e masculino, assim como de colonialismo e de catástrofes ecológicas.
Em 1984 Doris Lessing fez uma brincadeira com os meios literários ao lançar "Diário de uma boa vizinha" sob um pseudónimo (Jane Somers). A sua própria editora, que não conhecia a verdadeira identidade da autora, recusou-se a publicar o livro.
Doris Lessing vive actualmente na periferia de Londres e, nos últimos anos, dedicou -se principalmente às obras de ficção científica.
O Nobel de Literatura é acompanhado por um prémio de 10 milhões de coroas suecas (c. de 1,08 milhão de euros) e será entregue em 10 de Dezembro, em Estocolmo, durante a tradicional cerimónia na presença da família real.
O júri descreveu Doris Lessing num comunicado como "a narradora épica da experiência feminina, que, com cepticismo, ardor e uma força visionária sujeitou uma civilização dividida ao escrutínio".
Doris Lessing completará 88 anos no próximo dia 22 de Outubro. Desde o início dos Nobel em 1901, ela é a 11ª mulher a receber o Nobel de Literatura.
A escolha foi uma surpresa já que o nome de Lessing, com frequência citado como favorito no passado, já não aparecia actualmente nos círculos suecos.
A romancista não pode ser localizada após a divulgação da notícia. De acordo com seu agente literário, estava a fazer compras em Londres e não foi possível avisá-la antes que ela ficasse a saber do prémio pelos meios de comunicação social.
Nascida no território da Pérsia (actual Irão), em 1919, quando seu pai era capitão do Exército britânico, Doris May Taylor viveu parte da juventude na então Rodésia (actual Zimbábue), o que marcou sua obra.
Ex-membro do Partido Comunista britânico, do qual se afastou em 1956 após a repressão da rebelião húngara, é comparada frequentemente com a francesa Simone de Beauvoir devido às suas ideias feministas.
"O caderno dourado", de 1962, a sua obra-prima, conta a história de uma escritora de sucesso em forma de diário íntimo.
Para a Academia Nobel, este livro "é uma obra pioneira do movimento feminista e pertence ao grupo de obras que mudaram a forma de ver as relações homem-mulher no século XX".
A sua juventude, passada entre vários continentes, inspirou a produção da sua primeira saga, escrita de 1952 a 1969: os cinco volumes de "Filhos da Violência".
A escritora sempre soube explorar todos os estilos, sem hesitar em uma incursão no mundo da ficção científica com os cinco volumes da série "Canopus em Argos: Arquivos", escrita entre 1979 e 1983, e entre os quais se destaca "Shikasta". Nesta saga, Lessing imagina o mundo depois de um conflito atómico e fala dos antagonismos entre os princípios feminino e masculino, assim como de colonialismo e de catástrofes ecológicas.
Em 1984 Doris Lessing fez uma brincadeira com os meios literários ao lançar "Diário de uma boa vizinha" sob um pseudónimo (Jane Somers). A sua própria editora, que não conhecia a verdadeira identidade da autora, recusou-se a publicar o livro.
Doris Lessing vive actualmente na periferia de Londres e, nos últimos anos, dedicou -se principalmente às obras de ficção científica.
O Nobel de Literatura é acompanhado por um prémio de 10 milhões de coroas suecas (c. de 1,08 milhão de euros) e será entregue em 10 de Dezembro, em Estocolmo, durante a tradicional cerimónia na presença da família real.
- Página sobre a autora;
Imagem: dorislessing.org
Fonte: APF
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