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Livros: Produção editorial aumenta graças ao crescimento "notável" das exportações - estudo

A produção editorial em Portugal aumentou ligeiramente em 2008 apesar de uma queda de vendas no mercado nacional, devido ao "notável" aumento das exportações, segundo um estudo da consultora DBK.
A análise ao sector editorial português refere que o valor das vendas de livros em Portugal atingiu os 380 milhões de euros, menos 1,3 por cento que em 2007, e depois do moderado crescimento registado nos anos anteriores.

Trata-se, segundo a consultora espanhola, de uma descida "num contexto de maturidade do mercado, estancamento do índice de leitura e forte pressão sobre os preços, devido á crescente penetração dos livros de bolso".

Ainda assim, nota o estudo, a "melhoria significativa no saldo da balança comercial" conduziu a um aumento de 0,6 por cento no valor da produção para os 365 milhões de euros.
O balanço comercial melhorou tanto pela queda de 3,1 por cento nas importações como, sobretudo, pelo aumento das exportações que cresceram 11,6 por cento para os 48 milhões de euros.

O aumento de vendas a Espanha e alguns países latino-americanos "determinaram o comportamento favorável das vendas ao exterior" ainda que tenham continua a ser Angola e Moçambique os principais mercados de destino, acolhendo respectivamente 25 e 22 por cento das exportações.
Segundo a DBK o sector editorial português está integrado por cerca de 350 empresas, que empregam entre si cerca de 3.000 pessoas, totais com tendência de baixa nos últimos anos.

Um reduzido grupo de grandes operadores concentram a maior parte da actividade, com muitas empresas especializadas a operar no mercado. Assim os cinco maiores operadores - Grupo Leya, Grupo Porto Editora, DirectGroup, Ediclube e Civilização Editora - representam uma quota de mercado de 57 por cento. Essa quota de mercado cresce para 66 por cento se considerada a participação dos 10 maiores operadores.

Olhando para o futuro a DBK sustenta que "os baixos índices de leitura da população portuguesa e a crescente alternativa de ócio noutros formatos constituem as principais ameaças para as empresas portuguesas do sector". As previsões apontam para nova descida nas vendas nacionais este ano, com tendência a uma "evolução favorável da balança comercial do sector".

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