quinta-feira

10 de Maio de 1933

Bücherverbrennung significa em Alemão literalmente queima de livros e o a palavra associada à acção propagandística dos Nazis, organizada entre 10 de Maio e 21 de Junho de 1933, poucos meses depois da chegada ao poder de Adolf Hitler.

Joseph Goebbels, ministro do Reich para Esclarecimento do Povo e da Propaganda, salientou no discurso de lançamento da campanha Wider den undeutschen Geist ser preciso "eliminar a má influência exercida pela literatura não-germânica sobre a juventude nacional-socialista com um acto grandioso". Não deveria permanecer dúvidas sobre os objectivos da Revolução Parda, liderada por Adolf Hitler recentemente no poder (3 meses).
Esta acção devia eliminar para sempre da formação dos alemães o liberalismo, a Kulturbolchevismus, o cosmopolitismo, o judaísmo, o pacifismo, e tudo aquilo mais que diminuísse os valores superiores germânicos. Foi organizada uma lista negra com obras de filosofia, ciências, poesia e romance que deveriam ser eliminadas, contendo tudo o que lhes parecia subversivo, antipatriótico ou decadente. Várias bibliotecas e livrarias alemãs foram alvo de verdadeiros saques em busca de livros proibidos para serem queimados em praça pública.


Se esta acção tivesse sido bem conseguida hoje em dia não conheceriamos autores como: Thomas Mann, Heinrich Mann, Walter Benjamin, Bertold Brecht, Robert Musil, Nelly Sachs, Ernst Toller, Kurt Tucholsky, Franz Werfel, Sigmund Freud ou Karl Marx.

Imagem: WDR5

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