segunda-feira

"Livrarias devem ser serviço público"

A edição de Domingo do Jornal de Notícias apresenta um artigo que tem como título "Livrarias devem ser serviços público".
Neste artigo, Américo Ameal da livraria Byblos diz aquilo que mais me deixou a pensar:
Há jovens que passam tardes, sentados no chão, a devorarem livros. Mas, esses, que hoje não compram nada, vão ser os mesmos que no futuro vão comprar muitos livros para os filhos". E insiste que o lema deve ser: "Venha, leia, se quiser, compre".
As bibliotecas têm realmente muito a aprender com as livrarias!
Isto fez-me lembrar um trabalho que diz durante a pós-graduação em que debatia exactamente esta relação entre bibliotecas e livrarias. Tenho de procurar este texto e trazer novamente aqui esta questão!

6 comentários:

nada desta vida disse...

gostava muito de ler esse texto. tens um blog bastante interessante, desde que o descobri venho cá regularmente.em relação ao post penso que mais do que as livrarias serem serviço publico deve-se pensar numa forma de ser possivel ter os livros mais baratos. será sempre suposto a uma livraria o lucro material. é importante continuar a reivindicar a biblioteca como serviço publico, sem empréstimos pagos nem nada dessas malandragens...afinal a promoção da leitura é uma permissa de ambas.

nada desta vida disse...

premissa, glup
(é o que dá n usar o corrector)

Bruno Duarte Eiras disse...

Boa noite subtilezas,
O artigo saiu no JN de Domingo e está disponível no página do jornal; coloquei o link no post. Fiquei com a ideia de que o debate referido no artigo deve ter dado mais informações do que as que são referidas.
As livrarias, uma vez que são espaços comerciais, visam obviamente o lucro. No entanto, algumas têm feito mais pela promoção da leitura, e não de forma totalmente inocente, do que muitas bibliotecas! As grandes cadeias de livrarias (FNAC, Bulhosa, Bertrand) perceberam que sob a bandeira da promoção da leitura (encontros com escritores, grupos de leitores, secções de autógrafos, debates e conferências) conseguiam vender mais livros. O facto destas livrarias terem espaços de leitura é já uma grande forma de promoção da leitura. Quanto aos livros mais baratos... acho só mesmo se os formos requisitar nas bibliotecas públicas.

Anónimo disse...

Para dar mais um exemplo de livraria que promove a leitura, temos a Livraria Ler Devagar.
É um projecto muito interessante, contudo nós bibliotecários devemos estar com atenção pois as bibliotecas não devem nunca perder um dos seus objectivos primordiais que é serem os principais espaços de promoção e divulgação da leitura/cultura.

Leonor disse...

é um facto que as livrarias "competem" com as bibliotecas a partir do momento em que criam áreas de leitura, algumas delas simpáticas.
Eu pessoalmente nunca me senti atraida para o fazer, mas conheço pessoas que o fazem regularmente sem adquirirem nada.
Obviamente não é uma competição totalmente "honesta" digamos assim. Não só em termos de actualização do acervo, como tb do horário, o qual continua a ser, na minha opinião, o calcanhar de aquiles das bibliotecas públicas.
enfim, um bocadinho de marketing tb não ficava mal...
parabéns pelo blog

Bruno Duarte Eiras disse...

Boa noite Leonor,
Honestidade à parte, o facto é que actualmente as livrarias fazem mais pela promoção da leitura do que muitas bibliotecas. Pessoalmente também nunca me senti atraído pelos espaços de leitura de uma Fnac ou Bertrand, mas o facto é que estão sempre cheios.
Acho que temos tanto a aprender com as livrarias, como eles aprenderam com as bibliotecas.
Obrigado pela visita.