O número de Maio da revista Os meus livros tem um artigo da autoria de Andreia Brites sobre comunidades de leitores, ou Grupo de Leitores como gosto de lhes chamar.
O texto faz uma breve apresentação sobe o que são as comunidades de leitores, através da utilização do já célebre lista com os direitos do leitor de Daniel Pennac, aprensenta a figura do líder e avança com algumas sugestões de comunidades.
A referência às comunidades de leitores em Portugal não estaria completa sem uma referência a Conceição Caleiro que em 2001, através da actual DGLB liderou o primento projecto daecomunidades de leitores. Na altura, como ainda hoje, a principal intenção era a de estabelecer laços afectivos sociais entre os participantes.
Para quem dinamiza, lidera, orienta ou gere (ainda não percebi exactamente o que se faz... mas talvez seja um pouco de tudo isto) a ideia que deve manter-se sempre bem definida é a de que as comunidades de leitores (ou Grupos de Leitores) não são palestras, não são conferências, não são momentos reverenciais em relação a autores ou a textos, são uma partilha de ideias e de opiniões, tal como defende Helena Vasconcelos, que desde 2006 orienta uma Comunidade na Culturgest.
As Bibliotecas Municipais foram desde o início do projecto um local de eleição para a implementação destes projectos. Infelizmente por vicissitudes várias muitas Comunidades apenas funcionaram durante o apoio por parte da DGLB ou enquanto o líder se manteve na Biblioteca. Para além desta questão o acto de a maioria das bibliotecas não ter capacidade para disponibilizar 10 ou 15 exemplares de cada obra, dificulta a leitura por todo o grupo.
Da minha experiência pessoal na Biblioteca Municipal de Oeiras posso dizer que o líder tem um papel que é ao mesmo tempo fundamental e dispensável. Se por um lado é uma figura que apenas deve intervir para regular as participações e inserir tópicos de discussão ou orientar a conversa, por outro, o Grupo tende a ficar demasiado preso a essa figura. Pessoalmente prefiro deixar as minhas opiniões para o final da conversa e intervir o menos possível, de forma a não inibir as ideias, experiências e opiniões de nenhum dos participantes.
Para quem dinamiza ou participa num Grupo de Leitores facilmente compreenderá porque razão o elemento sociabilizador está tão presente. Ao longo das sessões criam-se laços entre as pessoas que ficam para lá das sessões e que por vezes crescem em paralelo.
Na última vez que contabilizei (2008) existiam em Portugal no espaço de um ano mais de 30 Grupos de Leitores regulares, se contarmos com os que ocorrem em Bibliotecas, Livrarias e Museus.
Tal como se diz no artigo existem muitos Grupos de Leitores a funcionar por todo o país e por isso não faltam opções a quem queira arriscar... basta escolher!
A referência às comunidades de leitores em Portugal não estaria completa sem uma referência a Conceição Caleiro que em 2001, através da actual DGLB liderou o primento projecto daecomunidades de leitores. Na altura, como ainda hoje, a principal intenção era a de estabelecer laços afectivos sociais entre os participantes.
Para quem dinamiza, lidera, orienta ou gere (ainda não percebi exactamente o que se faz... mas talvez seja um pouco de tudo isto) a ideia que deve manter-se sempre bem definida é a de que as comunidades de leitores (ou Grupos de Leitores) não são palestras, não são conferências, não são momentos reverenciais em relação a autores ou a textos, são uma partilha de ideias e de opiniões, tal como defende Helena Vasconcelos, que desde 2006 orienta uma Comunidade na Culturgest.
As Bibliotecas Municipais foram desde o início do projecto um local de eleição para a implementação destes projectos. Infelizmente por vicissitudes várias muitas Comunidades apenas funcionaram durante o apoio por parte da DGLB ou enquanto o líder se manteve na Biblioteca. Para além desta questão o acto de a maioria das bibliotecas não ter capacidade para disponibilizar 10 ou 15 exemplares de cada obra, dificulta a leitura por todo o grupo.
Da minha experiência pessoal na Biblioteca Municipal de Oeiras posso dizer que o líder tem um papel que é ao mesmo tempo fundamental e dispensável. Se por um lado é uma figura que apenas deve intervir para regular as participações e inserir tópicos de discussão ou orientar a conversa, por outro, o Grupo tende a ficar demasiado preso a essa figura. Pessoalmente prefiro deixar as minhas opiniões para o final da conversa e intervir o menos possível, de forma a não inibir as ideias, experiências e opiniões de nenhum dos participantes.
Para quem dinamiza ou participa num Grupo de Leitores facilmente compreenderá porque razão o elemento sociabilizador está tão presente. Ao longo das sessões criam-se laços entre as pessoas que ficam para lá das sessões e que por vezes crescem em paralelo.
Na última vez que contabilizei (2008) existiam em Portugal no espaço de um ano mais de 30 Grupos de Leitores regulares, se contarmos com os que ocorrem em Bibliotecas, Livrarias e Museus.
Tal como se diz no artigo existem muitos Grupos de Leitores a funcionar por todo o país e por isso não faltam opções a quem queira arriscar... basta escolher!
3 comentários:
Realmente a leitura não é um acto isolado, além do conhecimento adquirido, também o podemos transmitir a outros e assim tornar a leitura mais atraente. É evidente que a mesma informação não é percetivel de igual forma para todos, por isso é gratificante trocar diferentes opiniões sobre cada livro.
Sou, como sabes, uma adepta dos grupos de leitores, não só pela partilha da experiência da leitura, como a motivação com que saímos destes encontros. Sempre que saio dum destes encontros, fico com aquela sensação de que ainda não li nada.
A minha grande recompensa das sessões dos Grupos de Leitores é achar que podia ter lido o mesmo livro de outra forma, com outros olhos, sob outro ângulo. Pensar que podia ter relacionado vários assuntos, autores e histórias. Lembrar-me de muitos outros livros, personagens e palavras. E mesmo assim ler o mesmo livro que todo o Grupo acabou de ler. É uma grande inspiração.
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