Hoje está mais quente! Muito diferente dos 7 graus da passada sexta-feira, mas ainda longe dos mais de 30 graus que deixei em Lisboa. O dia começa já sem casaco isso é muito bom sinal!
A viagem até à estação de comboio é rápida e como o Centro de Congresso fica a 5 minutos do centro de Helsínquia, é fácil evitar atrasos.
Para esta manhã seleccionei uma sessão sobre bibliotecas públicas e as bibliotecas escolares. Afinal tinha curiosidade em saber o que se anda a fazer por esse mundo sobre esta relação nem sempre fácil! Apesar das experiências serem de diferentes países e até continentes
(Finlândia, França, Noruega, Canadá, Argentina, China e Namíbia) as
questões, dúvidas e problemas são muito próximos: tutela, públicos,
serviços, operacionalização de conceitos e perfis de profissionais
(Bibliotecários/Professores). Infelizmente, a sessão não foi tão elucidativa como esperava... em todo o caso ficou reforçada de que esta cooperação é para continuar!
Esta sessão ficou marcada pelo lapso da moderadora que tendo informado os presentes de que todas as apresentações seriam feitas em inglês dispensou o tradutor de espanhol para outra sala... Quanto uma colega (que não falava inglês e não se percebeu do aviso) subiu ao palco começa a apresentação a falar noutra língua foi o caos na sala!
Ainda que na IFLA existam 7 línguas oficiais (Árabe, Chinês, Inglês, Francês, Alemão, Russo e Espanhol) a grande maioria das pessoas fala inglês, mesmo que seja o inglês deste filme do Youtube! Em todo o caso o que importa é que se consiga comunicar! Por vezes acontecem situações curiosas como o caso do colega polaco que falando muito mal inglês, lê Portugal no cartão de participante e começa a falar espanhol com um sotaque quase perfeito!
Durante a manhã houve ainda tem para visitar a sessão sobe o tema da presidência da IFLA Ingrid Parent - Libraries today and tomorrow: a force for change in our transforming societies? Nesta sessão foi discutido o tema presidencial do mandato da presidente da Federação,
sendo que os contributos recolhidos através dos participantes serão
inseridos nos relatórios anuais da IFLA (Trend Reports). Esta sessão
utilizou o formato das mesas redondas, intercalando sessões teóricas
com discussões entre os participantes que no final entregam os seus
contributos ao relator. Ainda que a Presidente não pareça especialmente afável e com a abertura dos estantes elementos da Federação, Ingrid Parent foi ouvindo os comentários dos participantes e respondendo a alguma questões.
De tarde aconteceu o único momento a que tenha assistido de "Death by Powerpoint" de todo o Congresso da IFLA! Durante 15 longos minutos uma senhora leu cerca de 20 slides carregados de texto! No final e mesmo antes das palmas do público, julgo que se ouviu um suspirar... de alívio!
Ainda no final do dia houve tempo para ir visitar a zona da Feira com as empresas e instituições presentes no Congresso. Mais de 100 empresas das mais variadas áreas e de vários países estavam presentes. Da microfilmagem e digitalização aos ebooks, das bases de dados às soluções de conservação e restauro e de várias universidades de vários países a promoverem a sua formação a editoras e livreiros. Havia stands para todos os gostos. Como o nome indica era um espaço de feira e toda a gente queria vender alguma coisa; senão um produto ou serviços, pelo menos tentavam fazer chegar a sua informação com a oferta de um café ou rebuçados, distribuição de documentação ou pelo menos pedirem para fazer um scanner do nosso cartão de participante (os cartões de participantes do Congresso da IFLA têm um código de barras com os nossos contactos profissionais, caso estejamos interessados podemos deixar as empresas lerem este código e ficam automaticamente com os nosso dados de contacto). Em teoria para aquelas empresas e instituições havia c. de 4.000 oportunidades de negócio e contactos.
Uma palavra de atenção para o stand das Bibliotecas da Finlândia que numa associação de simplicidade, bom gosto e excelente capacidade de comunicação conseguiam mostrar tudo o que era necessário saber sobre as redes de bibliotecas existentes, os edifícios e a sua implantação, a história das bibliotecas na Finlândia e a formação dos profissionais. Uma outra referencia para o stand da American Library Association (ALA) que numa clara acção de charme para mais de 4 mil bibliotecários de todo o mundo apresentavam-se como uma associação aberta ao mundo, anunciando os seus produtos, serviços e publicações.
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